Começou a segunda metade do ano! Faltam só 26 semanas para 2026!
Para começarmos o semestre bem e mantermos a disciplina e o ritmo, indico um disco, uma série e uma frase para a sua sexta!
Um disco: Death Cab for a Cutie - Kintsugi
O Death Cab for Cutie é uma banda americana formada no final dos anos 90, que ficou conhecida por fazer rock alternativo com letras sensíveis, arranjos melódicos e um tom sempre meio melancólico, mas sem ser arrastado. A banda se destacou no início dos anos 2000 com discos como Transatlanticism e Plans, conquistando uma base fiel de fãs que procuravam músicas que falassem sobre perdas, deslocamento e sentimentos difíceis sem drama exagerado. Não é uma banda de hits de rádio, mas de faixas que ficam com você por um tempo.
Kintsugi, lançado em 2015, é um álbum que marca uma transição importante: é o último com o guitarrista e produtor Chris Walla, peça central no som da banda por mais de 15 anos. O nome vem da técnica japonesa de reparar cerâmicas quebradas com ouro, assumindo as rachaduras em vez de escondê-las — uma metáfora perfeita para o momento da banda. O disco não soa como uma ruptura, mas como um acerto de contas com mudanças internas e emocionais.
As músicas de Kintsugi falam muito sobre separações e distâncias, temas que acompanham a banda desde o início, mas aqui ganham um tom mais maduro e direto. “No Room in Frame” abre o disco com leveza, mesmo falando sobre fim de relacionamento. “Black Sun” é mais densa e introspectiva, enquanto “Little Wanderer” traz um cenário moderno de amores à distância que não se sustentam. Tudo é tratado com simplicidade: não há exageros, só uma banda tentando entender o que acontece quando as coisas mudam.
Para quem não conhece o Death Cab for Cutie, Kintsugi é uma boa porta de entrada. Não é um disco que chama atenção de cara, mas ganha força a cada nova audição. É como uma conversa honesta depois de um dia difícil: nada espetacular, mas exatamente o que você precisava ouvir.
Um filme/série: The White Lotus - Max
The White Lotus é a série perfeita pra quem sempre suspeitou que férias de luxo são uma forma sutil de tortura emocional. Você paga milhares de dólares pra ficar em um lugar com cheiro de eucalipto, cercado de gente bonita, onde todos sorriem um pouco demais e a culpa existencial vem embalada em roupão de algodão egípcio. Mike White entendeu perfeitamente que a tragédia moderna é estar num paraíso e continuar sendo você mesmo. São 3 temporadas, cada uma com uma história fechada, em um resort diferente.
Os hóspedes estão todos tentando relaxar, o que já seria um problema grave por si só, e os funcionários estão sorrindo com o tipo de cansaço que só quem trabalha servindo prosecco para milionários entende. A beleza do cenário contrasta com o caos interno de cada um, e no fundo tudo gira em torno da eterna pergunta: “Será que as outras pessoas percebem o quanto estou fingindo que está tudo bem?”
A série não grita, não se debate, não corre. Ela observa. E você vai se vendo ali, mesmo sem o dinheiro, o resort, o bronzeado. Porque, no fundo, todos carregamos nossos problemas na mala, ao lado da escova de dentes e de um exemplar semiaberto de Nietszche que juramos que leríamos na beira da piscina.
Assistir The White Lotus é como ir à terapia com trilha sonora tropical. Você ri porque está desconfortável, e fica desconfortável porque, no fundo, o riso faz sentido demais. E isso, meus caros, é o que se pode chamar de um ótimo entretenimento. Ou, dependendo do seu estado emocional, de um leve colapso semanal.
Uma frase: “Você não é o que você junta, mas o que você espalha.” - Daniel Castanho | CEO Ânima Educação
Um ótimo final de semana! Aproveite com sua família e amigos!